O que é um dividendo? Por que você pode preferi-lo?

Quando você ouve falar em bolsa de valores, provavelmente pensa em comprar ações e esperar que elas se valorizem. Mas existe outra forma de ganhar dinheiro como investidor: os dividendos. Essas distribuições que as empresas fazem aos seus acionistas podem se tornar uma fonte de renda passiva, muito valorizada por quem busca estabilidade e fluxo de caixa.

Neste artigo, explicamos o que é um dividendo, por que as empresas o pagam, quais são suas vantagens e desvantagens e como você pode começar a investir em ações que distribuem dividendos.

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Um dividendo é a parte do lucro de uma empresa que é distribuída entre seus acionistas. De forma simples: quando uma companhia lucra e decide compartilhar, cada investidor recebe uma quantia proporcional ao número de ações que possui.

Existem diferentes formas de distribuição de dividendos. A mais comum é o pagamento em dinheiro, em que o valor é creditado diretamente na sua conta do broker. Em alguns casos, a empresa paga dividendos em ações, entregando novos títulos em vez de dinheiro. E, de maneira mais excepcional, pode pagar dividendos extraordinários, que são repasses únicos quando a companhia registra ganhos atípicos.

👉 Pergunta rápida: todos os dividendos são iguais? Não. Alguns são constantes e crescentes (muito valorizados pelos investidores), enquanto outros são eventuais ou únicos.

Nem todas as empresas pagam dividendos, mas aquelas que o fazem costumam ter objetivos claros. Os dividendos reforçam a confiança dos investidores ao demonstrar que a companhia é sólida e rentável. Também representam uma forma de repartir lucros em lugar de reinvestir todos os ganhos no próprio negócio. Além disso, funcionam como um incentivo para atrair investidores que buscam rendimentos periódicos.

Exemplos famosos incluem gigantes globais como Coca-Cola, que leva mais de 35 anos aumentando seus dividendos de maneira consecutiva, ou Johnson & Johnson, outra companhia reconhecida por sua estabilidade e consistência nos pagamentos.

Os dividendos são atrativos porque geram renda passiva: um fluxo constante de dinheiro mesmo se você não vender suas ações. Isso é especialmente valioso para quem busca complementar seu salário ou assegurar uma renda adicional no futuro.

Além disso, as empresas que pagam dividendos costumam ser negócios estáveis, com anos de operações e boa gestão, o que reduz a percepção de risco frente a companhias mais voláteis. Também oferecem a possibilidade de reinvestimento: se em lugar de cobrar os dividendos em dinheiro você os utilizar para comprar mais ações, pode aproveitar o efeito dos juros compostos e multiplicar seus ganhos com o tempo. Finalmente, essa estratégia permite se beneficiar sem depender exclusivamente de vender suas ações, já que você recebe retornos mesmo em mercados laterais ou estáveis.

Embora tenham muitas vantagens, os dividendos não estão livres de limitações. Em primeiro lugar, não são garantidos: uma empresa pode suspendê-los ou reduzi-los a qualquer momento, especialmente em épocas de crise. Além disso, repartir dividendos significa que a companhia reinveste menos em seu próprio crescimento, o que pode limitar o aumento do valor da ação a longo prazo.

Do ponto de vista fiscal, em alguns países os dividendos pagam impostos adicionais, o que reduz o benefício líquido para o investidor. Finalmente, é importante lembrar que nem todas as empresas oferecem esse tipo de retorno, especialmente as startups ou companhias em plena expansão, que costumam destinar a maior parte de seus lucros para financiar seu crescimento.

Entre as estratégias mais conhecidas está o Dividend Growth Investing (DGI), que consiste em investir em empresas que não apenas pagam dividendos, mas os aumentam a cada ano. Essa estratégia é ideal para quem pensa no longo prazo e busca um fluxo de renda crescente. Outra estratégia é focar em companhias com alto rendimento por dividendo, conhecidas como High Dividend Yield. Estas atraem investidores que priorizam rendimentos imediatos, embora às vezes impliquem maior risco.

No âmbito internacional, destacam-se casos como Coca-Cola, com mais de três décadas aumentando seus dividendos, e Johnson & Johnson, outra das chamadas “Dividend Kings”. Na América Latina também existem exemplos, como Itaú no Brasil, um dos bancos mais sólidos da região, ou o Banco de Crédito do Peru (BCP), conhecido por repartir dividendos de maneira frequente.

O primeiro passo para investir em dividendos é abrir uma conta em um broker confiável. A escolha do broker é chave, já que alguns oferecem acesso direto a ações internacionais com histórico de dividendos, enquanto outros estão mais focados em ETFs ou fundos que também repartem lucros. 👉 Para escolher o mais adequado em seu país, consulte nossa página Compara.

Uma vez que você tenha acesso ao mercado, deverá selecionar empresas com um histórico sólido de dividendos, priorizando aquelas com boa reputação e consistência. Depois chega o momento de decidir o que fazer com o que receber: reinvestir os dividendos para potencializar o crescimento a longo prazo, ou recebê-los em dinheiro para gerar rendimentos passivos imediatos.

Os dividendos são garantidos?

Não. Cada pagamento depende da decisão da diretoria da empresa.

Com que frequência se pagam dividendos?

Varia segundo a companhia: podem ser trimestrais, semestrais ou anuais.

Qual é a diferença entre dividendos e ganhos de capital?

Os dividendos representam um fluxo de caixa periódico, enquanto os ganhos de capital se geram ao vender uma ação por um preço superior ao de compra.

Como se pagam no Peru, México, Colômbia ou Brasil?

Na maioria dos países da LATAM, os dividendos chegam diretamente à sua conta do broker. No entanto, cada jurisdição aplica retenções fiscais diferentes.

Os dividendos são uma ferramenta poderosa para investidores que buscam estabilidade, renda passiva e a possibilidade de reinvestir para aproveitar o crescimento composto. No entanto, não são mágicos: nem todas as empresas os oferecem e, embora possam dar estabilidade, também têm limitações.

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